Castanheira: o incrível amor de uma mulher pelas plantas

RESUMO DA NOTÍCIA

Com 80 anos de idade, Dona Helena é um bom exemplo de gente que faz bem pra gente.
Quando um ciclo de depressão se estabeleceu em sua vida, tempos atrás,  Dona Helena de Souza Pereira, tomou uma decisão que mudaria sua vida. Viúva de Felipe Pereira Pinto, hoje com 80 anos, ela ilustra o conceito de que um mal pode resultar em bem.

Depois deste diagnóstico ela bem que poderia ser chamada de Helena das Flôres, Helena das Plantas, Helena dos Remédios, Helena dos Doces, pelas dezenas de fazeres que começaram a consumir o seu tempo pela decisão, inicialmente, de plantar flôres.

Quem visita sua casa, na antiga Rua Mogno,  no Bairro Santa Rita, em Castanheira, e o entorno dela, e arrisca um dedinho de prosa sobre o que vê, se envolve em dezenas de narrativas sobre coisas como suas criações e produções. A todo tempo gosta de observar que “ama” lidar com plantas.

Como não entendemos de classificações, numa breve conversa conseguimos listar algumas das coisas que ela produz na pequena mas significativa área onde mora e em outra, menor, na Avenida Nossa Senhora Aparecida, numa prova de que é possível fazer muito em pouco espaço, basta querer. 

De suas mãos nascem flores, plantas medicinais, frutas, entre outros, numa diversidade que impressiona. São Dálias, Primavera, Comigo Ninguém pode, Girassol, Hortelã, Jurubeba, Cidreira - a original segundo ela - Arruda, Gengibre, Açafrão, Colorau, Pitaya, Melão de São Caetano, Feijão Andú, Salsa, Pokã, Pimenta do Reino, Mamão, Mandioca, Abacaxi, Cana de Açúcar, Banana, Batata e por aí vai…

Com tantas referências de produção, o endereço desta mineira, radicada há mais de 30 anos em Castanheira, é bastante procurado, especialmente pelos que buscam remédios caseiros, condimentos e outras de suas produções, inclusive algumas delícias caseiras. 

Dona Helena separa tudo em pequenas embalagens. As de açafrão e colorau, por exemplo, são vendidas a R$7 reais. De pimenta do reino, R$10. Sobre procura, lembra que tudo depende do momento. O açafrão, por exemplo, foi muito procurado na época da Covid. Hoje a busca é muito grande pela Pitaya. Os óleos como de coco e copaíba, tem buscas permanentes. 

Mas, os que desejam comer uma boa rapadura, como a de amendoim, ou saborear um bom melado de cana, lá tem também. Aliás, essa produção faz com que ela se emocione, lembrando os anos em que teve um espaço na feira. A propósito, ela tem pensado muito em voltar a essa atividade.

Dona Helena, que alguns chamam de Helena da Horta, o que acaba sendo um reducionismo pela amplitude do que planta, é um bom exemplo de gente que faz bem pra gente. Com tantos fazeres ainda encontra tempo para somar com a turma do Saber Envelhecer e até de levar, de vez em quando, uma cesta ou alguma "muda" do que planta e colhe. Por essas e outras, recebe o nosso aplauso. 




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