Gelsão: Nascido para Voar

RESUMO DA NOTÍCIA

O texto “Nascido para voar”, foi destaque em capa da 7ª edição da Revista Innovare News, de agosto de 2015, com foto de Wesley dos Anjos. Relata um gosto especial do empresário castanheirense Gelson Ferreira da Silva, o Gelsão, que é voar.
Era uma vez um garotinho que sonhava em voar. Se um biógrafo vier a escrever a história de Gelson Ferreira da Silva, o Gelsão, como é conhecido em Castanheira, pode usar este gancho. “Desde que me conheci por gente alimente este sonho”, destaca, lembrando que em sua infância costumava deitar-se na grama para contemplar  o voo dos pássaros. “Morria de inveja, observa, em risos.

Com este desejo sempre em mente, chegou a iniciar a construção de seu próprio avião. O projeto, contudo, que lhe deu o apelido de “louco” por alguns, foi abortado, diante das lágrimas da mãe, desesperada com a possibilidade do filho se dar mal.

Mas, brasileiro não desiste nunca, e Gelsão, em suas pesquisas no campo da aviação veio a conhecer o Trike, aeronave motorizada pendular, isto é, controlada pelo deslocamento do centro de gravidade, que utiliza uma asa delta fabricada especialmente para esse tipo de voo. Como desejava voar, como os pássaros, e essa máquina de voar recreacional motorizada, segundo os entendidos, é a mais próxima do voo da ave, se apaixonou.

Um amigo, conhecido como “Nei Voador”, deu o impulso que faltava para a realização de seu sonho de criança: voar. Ao mudar-se de Curitiba, Paraná, para Aripuanã, trouxe um aparelho, com capacidade para suportar até 140 quilos. Começou a alegrar o coração não apenas das crianças daquele município, como de Gelsão, que para lá se deslocava para dar seus primeiros voos, como passageiro.

Desejando ir mais longe, tendo sua própria aeronave, comprou uma, com capacidade para 240 quilos. Mas, havia um problema: como pilotá-la? Eram necessários pelo menos 10 horas de voo para fazê-lo com segurança. Determinado, arriscou a aprender sozinho. Depois de muitas tentativas, na região do aeroporto, em Castanheira, conseguiu voar. 

O primeiro voo

Gelsão lembra até hoje, com emoção, de seu primeiro voo. Por uma hora e dez minutos conseguiu ficar no espaço. Foi quando deparou-se com outro problema: o pouso. Depois de sete tentativas, enfrentou uma situação apavorante, que lhe trouxe à memória os rogos de sua mãe. A gasolina acabou! Não bastasse isto, o espaço onde poderia jogar a aeronave, no aeroporto, estava tomada de motoqueiros, fazendo manobras. Teve que aterrissar de forma desastrosa no capinzal, com os pneus da aeronave. “Naquele dia não sofri nenhum arranhão”, conta.

Colhendo frutos

Passados os momentos mais complicados na sua fase de piloto, Gelsão começou a colher os resultados de sua persistência. Hoje como como pássaro e já levou consigo, para o espaço, dezenas de pessoas desejosas em conhecer a região do alto. 

Salienta que o voo de strike transformou a aviação naquilo que ele sempre imaginou ser: simples, barata e emocionante! 

“Nada como sentir o vento batendo no rosto, olhando a natureza lá de cima”, diz. Sobre a aeronave, destaca que não dá trabalho. Pode ser guardada em uma pequena garagem, é de fácil transporte e montagem. Chegam a alcançar 15 mil pés de aluta e podem voar até a 120/km/h. 

Para quem, um dia, sonhou voar como os pássaros, a experiência com strike, próxima deste ideal, constituiu-se na maior ocupação. Sobre os desafios lá no alta costuma dizer que nunca teve medo. Já passou por nuvens densas, ventos fortes, mas nada supera a sensação de liberdade que o voo dá.

Capa da Revista que contém o texto...