Uma paráfrase a dito famoso de Leonardo Da Vinci sobre o fazer, bem que pode ser lembrada, doravante, quando amigos e familiares de Francisca Maria Salaroli Bonfá, 78, dela se lembrarem: “a perfeição de sua macarronada, mesmo depois de tua morte, permanecerá!”.
Capixaba de Bananal, Francisca Maria tinha ascendência italiana, conforme pode se deduzir do sobrenome, que além de Savaroli e Bonfá, incorporou, nos tempos de solteira, o Rigone. Dai a paixão pelas massas, sempre apreciadas com muito gosto por amigos e familiares. No caso da macarronada, lembram que era diferenciada, com um toque muito pessoal.
Pisou em terras castanheirenses em 1993, depois de um tempo de permanencia em Rolim de Moura, em Rondônia. Em todos os lugares por onde passou, deixou marcas de sua fé – era devota de Nossa Senhora Aparecida – alegria, especialmente nas danças de salão, e de algo muito raro: fazer contas. “Ela amava matemática”, revela uma das netas.
Dos lugares, o espaço de eventos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Melhor Idade, foi, durante muito tempo, de presença frequente. Ali bailou muito, sempre acompanhada de Jovelino Bonfá, seu esposo. Com o falecimento deste, foi companheira de Jorge Melo, também falecido há exatos três meses. O conheceu por lá.
Viúva duas vezes, costumava dizer que o primeiro foi esposo, com o qual teve três filhos e do qual teve origem uma prole de 8 netos e 5 bisnetos. O outro, foi companheiro de um tempo. De todos, boas lembranças. Com todos, momentos felizes. O dinamismo só se esvaeceu nos últimos três meses, com o avanço de uma enfermidade.
Francisca Maria faleceu às 09 horas deste domingo, 15, em Cotriguaçu, pois ultimamente era cuidada pelos filhos, num revezamento entre aquela cidade e Castanheira. “Minha mãe era uma guerreira, uma grande amiga”, diz Maria Aparecida Bonfá, com a qual viveu seus últimos momentos. José Antônio Bonfá, também residente em Cotriguaçu, e Maria Marlene Bonfá, de Castanheira, reforçam os conceitos.
Segundo familiares o sepultamento ocorrerá às 09 horas desta segunda, no Cemitério Bom Jesus. Até lá o corpo está sendo velado na Casa da Saudade. “Deus não poderia ter nos dado uma avó melhor”, lamenta a neta Andrieli, residente em Juína, entre os que dela se despedem.