Mauro Mendes defende perda de terras para crimes ambientais

RESUMO DA NOTÍCIA

Governador do Estado se indigna com ação de fazendeiro no pantanal.
A propósito da ampla repercussão de reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo, sobre o uso de produtos químicos em desmatamento por um fazendeiro da região do pantanal em área de 80 mil hectares, o governador Mauro Mendes afirmou, nesta segunda-feira, 16, que o crime de desmatamento deve ser punido com a perda de terras pelos infratores. 

Mauro Mendes classificou de “um grande absurdo ambiental” a ação, por utilizar produto químico que ocasiona a morte lenta da vegetação, dificultando a fiscalização. Ele parabenizou os órgãos envolvidos na operação que descobriu o crime (PJC, Sema, MPE e TJ) e destacou que “a legislação brasileira é frouxa e náo tem sido capaz de coibir a prática dos crimes ambientais”

O crime

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), realizou, entre os dias 8 e 12 de abril, a segunda fase da Operação Cordilheira, para cumprimento de ordens judiciais de arresto, sequestro e indisponibilidade de bens referente ao desmate químico em uma área de mais de 80 mil hectares de 11 propriedades no Pantanal.

Pelo crime ambiental cometido, um único infrator foi multado em mais de R$ 2,8 bilhões, a maior sanção administrativa já registrada pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT). 

A investigação foi iniciada em 2022, após denúncia de que uma propriedade rural, localizada no município de Barão de Melgaço (a 109 km de Cuiabá), estava utilizando agrotóxico na região do Pantanal com a finalidade de promover a limpeza de vegetação nativa, denominado “desmate químico”. 

A conduta investigada resultou na mortandade de espécies arbóreas mediante o uso irregular e reiterado de 25 tipos de agrotóxicos em área de vegetação nativa, promovendo o desmatamento ilegal em 11 propriedades rurais.  

A aplicação dos produtos tóxicos se deu por via aérea, o que agrava ainda mais a situação.

O Pantanal, por se tratar de área alagada, possibilita que as substâncias químicas sejam conduzidas pelas águas e atinjam a fauna, a ictiofauna e até mesmo os seres humanos, com a contaminação dos rios.

Além do órgão ambiental, a operação contou com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT).

Com Site do Governo do Estadeo